4 erros comuns na gestão do tech stack de uma empresa 

Muitos times de TI acham que estão fazendo uma gestão estratégica das ferramentas, plataformas e do investimento em novas tecnologias para uma empresa. Mas erros são comuns até às equipes de grandes empresas, e muitos são fruto de uma necessidade rápida de adaptação da TI aos novos tempos. 

Desde 2015 eu lidero um produto que tem entre seus principais benefícios criar uma ponte entre as necessidades da TI e as demandas por crescimento e produtividade das linhas de negócios – por meio do desenvolvimento no-code

Ao longo desses anos, pude identificar alguns comportamentos que prejudicam a colaboração entre esses dois polos, e acabam tornando o gerenciamento do tech stack menos eficiente do que poderia. Divido neste artigo os quatro comportamentos ou erros mais comuns que vi na minha trajetória.

Erro um: não pensar nas necessidades das áreas de negócios

Me deparo sempre com um padrão: os times que têm maturidade pensam passo a passo na hora de investir em tecnologia e buscam extrair o melhor retorno do seu investimento. Isso é um fino equilíbrio entre custos e benefícios obtidos. O que acontece muitas vezes é que os times de TI viram gatekeepers de ERPs – e só. Ou seja, não se preocupam em ouvir os problemas das áreas de negócios ou em entender onde vale investir.  

Os times de TI que têm mais maturidade já se posicionam para criar um bom relacionamento, perguntando pra área de negócios: ‘que desafio vocês têm? Deixa eu mostrar quais fornecedores podem fazer sentido. O que você pode resolver da informação’.

Se a área de negócios quer usar uma solução de inteligência artificial para criar rapidamente uma descrição de vagas para publicar logo, tudo certo, podem usar o GPT. Agora, se for uma informação de folha de pagamento, é melhor esperar e buscar uma plataforma. 

Essa parceria, ou relação simbiótica, é super importante e é o que faz a diferença em termos de resultados. O TI não pode ser visto como um policial. 

Erro dois: apostar no elefante branco

Um erro derivado do citado acima é apostar em grandes projetos, com implementações caras e demoradas, e entregar só pela entrega, sem se preocupar com o engajamento dos usuários daquela ferramenta. Isso acontece quando o setor de tecnologia acha que sabe o que está acontecendo com os negócios, acha que sabe qual é a melhor solução. 

Quantas empresas você vê com projetos de instalação de sistemas de ERP robustos que deram errado depois de um, dois anos? 

A grande maioria, não é?

Depois que acontece, os profissionais da empresa comentam: “olha aí, aquele sistema, falei que não ia funcionar”. E por que isso ocorre? Porque a equipe de TI tinha conhecimento da tecnologia, mas não entendia a realidade do negócio e principalmente, não engaja as pessoas em usar aquela tecnologia no dia a dia. E aí aquele sistema que solucionaria todos os problemas acaba virando um elefante branco. 

Isso gera um problema no outro extremo: o profissional de negócios, não atendido pelos ERPs e grandes sistemas em uso, tenta bancar o herói. E então insere dados sensíveis da empresa no Chat GPT, por exemplo, e corre um baita risco. 

Todo mundo tem uma história triste desses projetos de inovação que acabaram virando elefante branco e ninguém conseguiu adotar. Por isso, eu sempre defendo que grandes projetos devem ser quebrados em projetos menores e mais ágeis. As empresas que conseguem fazer isso têm implementações mais rápidas, gastam menos e efetivamente resolvem seus problemas.

Por que automatizar? Pipefy ouviu as opiniões de líderes de grandes empresas
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Erro três: não saber que processos automatizar

Outro ponto crítico é saber o que vale a pena automatizar. Quando a gente conversa com clientes, tentamos educá-los em relação ao entendimento do problema e de que forma eles podem usar a tecnologia para resolvê-lo. É um problema relevante? Custa muito para a empresa? Ou é um problema que, se resolvido, pode trazer lucro para a empresa? 

O segundo ponto é a frequência do processo e do problema. É uma coisa que acontece com frequência transacional, em que você precisa garantir mais previsibilidade?

Previsibilidade e frequência são as palavras-chave. 

Se você é um Luthier e fabrica quatro violões artesanais por ano, vendendo por R$500 mil cada um desses violões, você tem um problema bem diferente do fabricante de lâmina de barbear, que precisa vender milhares de lâminas de barbear por mês para gerar algum lucro. 

Erro quatro: não mudar a mentalidade em relação às ferramentas

Uma das maiores dificuldades da transformação digital é não atualizar o ciclo de transformação digital dentro da empresa. 

A primeira fase dessa transformação é o uso de ERPs, sistemas de controle financeiro. Muitas empresas ainda estão nessa fase. Mas quando você olha a operação de perto, além de um ou dois processos-core que já rodando com alguma tecnologia, seja para estruturar ou para automatizar a execução, quase nada foi feito. 

Qualquer empresa que tenha acima de 100 funcionários tem vários departamentos e todos eles têm processos-satélites. Esses processos-satélites, por sua vez, representam 65% da execução de uma empresa. 

Agora pense: 50% das oportunidades de automação em uma empresa não recebem suporte. É nesses processos que os líderes de TI precisam focar em uma segunda fase da transformação digital.

O que eu vejo é que tem muitas empresas que já passaram pela primeira onda, fizeram a tarefa básica, e agora estão mobilizadas para a segunda parte – que é ajudar as áreas de negócios e esses processos que funcionam a nível mais departamental a ganhar eficiência.

Se a sua empresa ainda está rodando processos baseados em planilha, emails ou em sistemas legados, que foram pensados há 10, 12 anos, você corre o sério risco de perder competitividade. 

A maior dificuldade das empresas é que muitas ainda tentam automatizar processos dentro de um paradigma antigo, que é com desenvolvimento customizado, in-house, com projetos gigantescos. Às vezes de milhões de reais, que duravam anos. 

Sabemos que o desenvolvimento com código, que já é caro e complicado, vai atravessar cada vez mais uma escassez de talentos diante da demanda. Diante disso, a Gartner prevê que 75% de todo o desenvolvimento corporativo vai ser sem código ou low-code, e 80% dos desenvolvedores não vão ser profissionais sem conhecimentos técnicos (citizen developers). Os dados foram apresentados na última Gartner Summit.

O desafio de muitas empresas hoje é a mudança de mentalidade, que é o que chamamos de Waterfall. Acabou a era dos grandes projetos de transformação digital. Você tem que fazer com que todos os gestores da sua empresa estejam com projetos de melhoria, projetos de automação e IA. A forma como a empresa trabalhava não vai mais ajudar daqui pra frente. 

O futuro desses negócios depende da melhoria contínua por parte dos gestores, e de uma ferramenta certa – e a tecnologia no-code e low-code pode ajudá-los. Além, é claro, de uma afinação entre TI e áreas de negócios. 

Um acerto: escolher a ferramenta adequada

O Pipefy pode ser um grande aliado na jornada de transformação digital, porque cobre todos esses aspectos. É uma ferramenta no-code baseada na nuvem, que você pode começar usando para alguns workflows e expandir o uso para outros processos, times ou departamentos aos poucos. 

O software é também tão fácil de usar que o processo de automação não sobrecarrega a TI: 85% dos workflows do Pipefy podem ser construídos pelas próprias equipes de negócios. 

Por ser uma ferramenta flexível, com um nível de customização alto, o Pipefy consegue automatizar bem os processos de cauda longa que muitas empresas têm dificuldade de padronizar com outras ferramentas. 

Tudo isso mantendo a governança de TI, substituindo planilhas e soluções de shadow IT por processos organizados, com resultados fáceis de monitorar (basta perguntar no chat com a IA) e de otimizar. 

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