5 Tendências de Procurement para 2024

Como sua empresa está se preparando para melhorar os processos e operações de aquisição em 2024? Para uma estratégia de sucesso, é essencial analisar gargalos que podem estar afetando questões como produtividade, custos e análise de dados.

De acordo com o Relatório de Dados Sobre Procurement de 2024 da Amazon Business, 95% dos tomadores de decisão entrevistados reconhecem que há espaço para otimização de procurement em áreas variadas. O desafio interno mais citado se refere à complexidade de sistemas e processos, listado como principal questão por 47% dos entrevistados.

Em 2023, identificamos algumas tendências que vêm mudando o procurement e ajudaram líderes a enfrentar desafios relevantes no ano que passou:

A conscientização e ênfase na prevenção de burnout dos colaboradores.
A necessidade de simplificar dados complexos e o gerenciamento de processos.
A urgência em torno da escassez de TI e de desenvolvedores.
Os efeitos da inflação.
Maiores investimentos sendo feitos em tecnologia voltada para procurement.

Para 2024, prevemos que o foco permanecerá no aumento dos investimentos em tecnologia. Os holofotes também estarão voltados para áreas como o desenvolvimento de talentos e a transformação do procurement em um parceiro estratégico de negócios, agregando valor que vai muito além de aquisições com preços mais baixos.

Neste contexto, as empresas de sucesso serão as que vão substituir soluções pontuais de curto prazo por investimentos estratégicos em tecnologia, pessoas e processos no longo prazo.

Saiba mais sobre as 5 principais tendências de procurement para 2024:

1. Mais investimento em IA, automação e análise de dados

Estima-se que, até 2031, o mercado global de análise de procurement atingirá 32,3 bilhões de dólares – e os líderes estão se preparando para um aumento nos gastos, com mais investimentos em tecnologias como automação, análise de dados e IA.

No relatório da Amazon Business sobre dados de procurement, 98% dos entrevistados relatam ter planos de investimentos em ferramentas de análise e insights, automação e IA para suas operações de compras nos próximos anos.

Os principais impulsionadores deste movimento estratégico são a busca pelo aumento da eficiência, melhoria da produtividade, e redução de erros e custos.

Ao analisar cada um desses fatores para a adoção de um software de automação de processos, fica claro que as equipes de procurement precisam de uma solução que não apenas otimize as operações, mas também seja adaptável para atender futuras necessidades à medida que surgirem. Isso sem depender da TI e sem comprometer a agilidade.

Uma pesquisa do Pipefy com líderes de negócios e de TI descobriu que, para mais de 50% de todos os entrevistados, o principal benefício da aplicação de IA na automação de processos foi um melhor uso do tempo dos funcionários. Analisando os dados da pesquisa, fica claro que investimentos em tecnologia são necessários para garantir dados mais confiáveis e tomadas de decisões mais rápidas e assertivas.

Além de eficiência, produtividade e ganhos competitivos, o custo e a velocidade de implantação do software de automação de processos com tecnologia no-code, ou seja, sem necessidade de programação, criam ainda mais vantagens em termos de manutenção operacional e tempo de desenvolvimento: o setor de procurement ganha autonomia operacional com uma ferramenta fácil de usar e customizar, enquanto a TI mantém a governança sobre os processos sem aumentar seu backlog de tarefas

Os resultados são ferramentas conectadas e processos interligados, com total visibilidade e controle, além da mitigação de riscos comuns.

2. Mais tempo para os colaboradores focarem em atividades que geram valor

95% dos tomadores de decisão ouvidos pela Amazon afirmam que suas empresas precisam contratar serviços de procurement terceirizados devido à falta de recursos (como sistemas ou pessoas). Essa limitação prejudica atividades estratégicas e torna os processos de compras complexos e ineficientes.

Além da falta de recursos, é comum que os times de procurement estejam sobrecarregados com tarefas manuais ou repetitivas, que tiram o foco e energia de processos estratégicos de geração de valor para o negócio.

De acordo com o relatório de procurement da Amazon Business, 91% dos entrevistados revelaram que seus processos de compras estão atualmente configurados de uma forma que cria silos de comunicação entre departamentos e gera trabalho manual adicional.

Nesse contexto, soluções de gerenciamento de processos e fluxos de trabalho baseadas em tecnologia no-code se tornam uma opção interessante para lideranças que buscam mitigar fatores como a falta de pessoal e agilidade.

Quando perguntados sobre fatores que influenciam a decisão de adotar ferramentas no-code, os líderes de negócios e de TI ouvidos pelo Pipafe relataram o aumento de produtividade, mais inovação, maior escalabilidade, e escassez de mão de obra/qualificações. Também foi citada a falta de agilidade ou flexibilidade das ferramentas usadas normalmente.

3. Profissionais de procurement como consultores estratégicos

Uma pesquisa recente da Gartner descobriu que apenas 14% dos líderes de procurement se sentem confiantes na capacidade de sua equipe de atender às futuras necessidades dos seus departamentos, uma vez que certas competências ganharam importância em relação às habilidades “tradicionais” de procurement. Entre as áreas que ganharam importância no último ano estão a visão de negócios (69%) e habilidades em tecnologia e dados (68%).

“Os líderes de procurement geralmente confiam na sua equipe e na capacidade atual de atingir seus objetivos de curto prazo”, afirma Fareen Mehrzai, analista diretor sênior de Cadeia de Abastecimento da Gartner. “No entanto, nossos dados mostram que os diretores de procurement (CPOs) estão preocupados com o futuro, com o cumprimento de metas transformadoras baseadas em tecnologia e com a capacidade de trazer valor estratégico para o negócio.”

Além de adequar suas necessidades futuras, os líderes também terão que elaborar caminhos para otimizar as competências dos atuais colaboradores de procurement. Isso envolve considerar as ferramentas necessárias para acompanhar as mudanças do mercado e prever potenciais perturbações.

4. Ênfase na colaboração

Em 2024, as conexões entre equipes e processos precisarão de algumas melhorias. Apenas 39% dos líderes de negócios afirmam acreditar que o procurement está “altamente coordenado” com departamentos como Financeiro, Compliance, Jurídico e TI, conforme aponta o relatório da Amazon.

Felizmente para os líderes, melhorar a colaboração entre as equipes é um grande benefício da adoção de ferramentas no-code. De acordo com a Pesquisa o Impacto da Automação de Processos, 33,1% dos entrevistados disseram que uma melhor colaboração entre as equipes de negócios e de TI estava entre as vantagens esperadas do uso da tecnologia.

Em um cenário em que apenas 46% dos decisores de procurement concordam plenamente que os colaboradores fora do departamento seguem suas políticas e procedimentos, melhorar a colaboração é uma das principais preocupações que precisa de ser abordada.

No entanto, apesar de uma total colaboração ser um objetivo importante, a melhor opção é uma ferramenta que permita um meio-termo. Ou seja, que democratize o procurement e o torne acessível, sem que os responsáveis percam o controle dos processos. Isso significa uma solução que:

Proporciona visibilidade dos pedidos de compras
Reduz a necessidade de serviços de compras terceirizados
Elimina trabalho manual para que os colaboradores tenham tempo de focar em compras estratégicas

5. Gerenciamento de custos e limitações crescentes

Líderes de negócios entendem e desejam colher os benefícios da tecnologia de automação, mas alguns fatores limitam a capacidade de uma organização implementar iniciativas desse tipo. Entre os fatores relatados na pesquisa do Pipefy, as limitações incluem:

Disponibilidade limitada do TI (a maior preocupação para 45% dos executivos C-Level)
Custos altos (maior preocupação para 25% dos diretores)
Implementação complexa e demorada (preocupação para diretores e executivos C-Level)

Para 32% dos diretores com papel ativo no trabalho diário e na gestão de processos, a complexidade das ferramentas e das suas conexões com softwares já utilizados destaca-se como a principal limitação. De acordo com dados do Pipefy, quase 50% dos líderes de negócios relatam que usam de 101 a 500 componentes de tecnologias.

Embora adicionar mais uma ferramenta possa não parecer um problema, a realidade é que é necessário optar por plataformas com capacidades de integrações para aumentar a eficiência operacional. Dessa forma, a implementação de um software no-code maximiza savings sem acrescentar complexidade aos processos.

Os aumentos de preços também são um desafio que muitas equipes terão de enfrentar em 2024. Pela primeira vez em 10 anos, os custos operacionais de procurement aumentaram.

Um vice-presidente de compras de um banco/cooperativa de crédito global nos Estados Unidos disse o seguinte sobre os aumentos: “Eu pessoalmente vi casos em que os fornecedores podem estar pedindo até mesmo um aumento de 40% ou 50% no preço, e isso é não orçado. Em alguns casos, podemos ter orçamentado apenas um aumento de 10%. Portanto, o desafio das procurament aumenta. E isso não vai desaparecer.”

À medida que os gerentes de procurement planejam maiores investimentos em 2024, eles também devem prestar atenção no impacto desses investimentos para garantir que os gastos (financeiros e de recursos) sejam aproveitados ao máximo.

Procurement será uma peça chave nas tomadas de decisão em 2024

Os dados e insights do time de procurement podem desempenhar um papel decisivo na estratégia de uma empresa, desde a seleção de fornecedores até a redução de custos e avaliação/mitigação de riscos. O procurement pode ajudar a identificar e explorar novas oportunidades, e evitar desperdício de gastos.

Para as empresas que se equiparem com as ferramentas certas, 2024 marcará a transformação do procurement em um parceiro estratégico nas tomadas de decisão.

Para as equipes que já iniciaram a sua jornada de otimização de procurement, o próximo ano será repleto de oportunidades para adequar suas estratégias e maximizar os investimentos em digitalização e tecnologia, adotando as ferramentas certas para aliar produtividade, conexão com outros departamentos e uma boa política de governança. Assim, a empresa estará preparada para se adaptar às mudanças de mercado com facilidade.

Já para aqueles que ainda estão dando os primeiros passos, 2024 é uma oportunidade de analisar objetivos e traçar um caminho que se concentre tanto na estabilidade a curto prazo como na resiliência a longo prazo.

À medida que os times de procurement assumem o papel de parceiros estratégicos, a colaboração com os demais departamentos tornará as decisões mais rápidas, confiáveis e precisas.