Se você ainda não sabe o que são plataformas no-code e low-code, está ficando para trás. Essas ferramentas aceleram a transformação digital de empresas ao redor do mundo, permitindo que pessoas sem qualquer conhecimento de programação possam desenvolver aplicativos e automações para otimizar seus fluxos de trabalho.
Sabe aquela tarefa repetitiva que demanda muito tempo? Ela pode ser eliminada da sua lista de pendências para sempre graças a soluções desenvolvidas em poucas horas com a ajuda de softwares no-code.
Especialista em no-code e criador do canal Sem Codar, Renato Asse dividiu um pouco da experiência acumulada nesse assunto por mais de seis anos com a comunidade Pipefy, no Meetup “Transformação Digital”. Listamos aqui cinco fatos que Asse destacou no encontro – e que você precisa conhecer – para mergulhar nos benefícios da revolução no-code.
Sem programação, soluções são criadas por quem conhece os problemas
Ferramentas no-code e low-code permitem que as pessoas diretamente envolvidas com os processos de uma empresa possam aplicar seus conhecimentos práticos. Afinal, nada melhor que alguém imerso em uma rotina específica para identificar seus gargalos e sugerir soluções, certo?
Há alguns anos, isso seria impensável. A criação de um aplicativo para melhorar fluxos de trabalho levaria inevitavelmente a solicitações para o departamento de TI da empresa. Essa equipe, por sua vez, poderia levar muito tempo para desenvolver a solução pedida – se conseguisse tempo para fazer isso.
Com plataformas intuitivas que podem ser manuseadas sem qualquer conhecimento de programação, um gestor de marketing ou um gerente de RH podem desenvolver suas próprias automações, aumentando a produtividade da sua equipe de forma mais rápida e fácil. É nesse contexto que surge a figura do citizen developer – o indivíduo que identifica problemas e cria soluções tecnológicas para eles sem usar uma linha de código.
“Quem conhece as dores melhor que o executivo que está imerso nelas?”, questionou Renato Asse. “Quando a gente tem as dores do nosso negócio na cabeça e aprende a criar as soluções tecnológicas, isso fecha um gap”, comentou.
O no-code ajuda a suprir a demanda por automação
Imagine um mundo onde a comunicação pela leitura é fundamental, como o nosso. Agora pense que, nesse mesmo mundo, só 0,3% das pessoas sabem escrever. Parece inviável, não? Renato faz essa analogia com a criação de aplicativos. Cada vez mais somos dependentes deles para atividades pessoais e profissionais, mas 0,3% é o percentual da população que sabe programar.
“Todas as inovações tecnológicas que existem hoje passam necessariamente por 0,3% da população”, destacou o especialista. “Esse conhecimento está nas mãos de poucas pessoas, porque é algo muito especializado”.
Por serem raros no mercado, programadores são bastante disputados atualmente, em especial no Brasil. O que já era complicado piorou com a pandemia, observou Renato. Com a popularização do trabalho remoto, muitos desses desenvolvedores migraram para empresas canadenses, americanas e europeias atrás de salários melhores.
Por isso, ao permitir que mais pessoas desenvolvam aplicativos, as ferramentas no-code aliviam a pressão por esses profissionais. “A demanda por tecnologia é exponencial”, ressaltou o desenvolvedor no-code à comunidade Pipefy.
Plataformas no-code otimizam o trabalho do seu departamento de TI
Uma consequência direta da adoção de plataformas no-code em uma empresa é o alívio das demandas para os times de TI. Principalmente se eles precisam focar em um produto principal que exige soluções tecnológicas e atualizações constantes.
Com outros profissionais usando o no-code para resolver seus problemas, o departamento de TI pode focar suas energias em atividades mais complexas e que demandam código. Automações para facilitar a vida de outros departamentos da empresa podem ficar nas mãos dos citizen developers desses departamentos.
Vale lembrar ainda que uma plataforma no-code aprovada pelo departamento de TI acaba com o chamado Shadow IT. Esse fenômeno é muito comum: acontece quando cada área da empresa decide por conta própria criar suas soluções a partir de ferramentas que não são autorizadas pelo TI.
“É um problema que muitas empresas têm”, observou Renato. “É aquele TI que começa a se formar na marginalidade em toda empresa. É aquele (gestor) financeiro que fala: ‘poxa, eu só precisava de um controle de fluxo de caixa, o TI não vai fazer isso aqui nunca. Vou fazer uma planilha aqui que tá tudo certo’”. Essa prática, no entanto, ameaça a segurança e a integridade dos dados manipulados. Por isso, deve ser evitada.
O no-code acelera o desenvolvimento de aplicativos
De acordo com o instituto de pesquisas e consultoria Forrester, plataformas que não demandam conhecimentos técnicos de programação (low-code, com um mínimo de código) multiplicam por 10 vezes a velocidade do desenvolvimento de softwares. Essa lógica é aplicável às ferramentas que não demandam qualquer conhecimento de programação (no-code), segundo Renato Asse.
“Pegar um sistema no Pipefy e botar para rodar, é 10 vezes mais rápido, tranquilamente”, estimou. “Não é só uma série de ferramentas, é uma (nova) forma de pensar. Mas não pensando nos obstáculos, no código. E sim em como solucionar o problema”.
O desenvolvedor lembrou que ele mesmo tinha levado seis meses para criar uma solução para geração de leads a partir de um formulário de orçamento para boat shows. Na época, trabalhava na indústria naval. Renato acredita que esse prazo poderia se estender por anos caso ele precisasse aprender como programar do zero.
“Qual seria a reação do seu chefe se ele te pedisse (uma solução) às 8h da manhã de uma segunda-feira, e você voltasse na sala dele em meia hora falando que está pronta?”, questionou. Renato citou dados de uma plataforma no-code mostrando que, em três meses, 72% dos usuários já são capazes de criar soluções tecnológicas para seus negócios.
Ferramentas no-code vão se tornar rotina, como outras soluções digitais
“Imagina se você, para ter um carro e poder dirigir, precisasse construir do zero um motor, os freios, uma embreagem? Não faz sentido. Você confia que pessoas fizeram tudo isso antes para que você pudesse pegar o carro e ir do ponto A ao ponto B”, ressaltou Renato Asse. Dentro dessa lógica, ele questiona: por que não pode ser assim com aplicativos? Tudo indica que o futuro do desenvolvimento vai ser exatamente esse.
Na visão do especialista em no-code, as ferramentas que não exigem conhecimentos de programação vão ser, muito em breve, equivalentes aos portais que criam sites a partir de templates prontos. Algo que já é corriqueiro há anos.
“Hoje, de cada 100 sites na internet, 34 são feitos em WordPress. Os sites são criados assim, sem código. A gente não precisa disso. Cada vez mais os web developers foram indo para soluções de maior valor agregado, mais customizadas”, lembrou Renato.
E o que vai acontecer com os programadores quando essa revolução avançar? Vão deixar de existir ou ter trabalho?
“Desenvolvedores ficam receosos, mas isso é uma falácia, como se o Uber fosse acabar com a indústria automotiva. Sem os fabricantes de carros, não existe Uber. A tendência é que aconteça com a criação de aplicativos o que aconteceu com a criação de websites”, opinou o desenvolvedor no-code. “O bacana é que isso traz oportunidades muito legais para os programadores e desenvolvedores profissionais”.
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