Toda empresa precisa monitorar seus indicadores financeiros para que atue com mais segurança e perspectivas de crescimento.
Afinal, o grande dinamismo e competitividade do mercado já não dão mais espaço para que decisões sejam tomadas apenas com base na experiência ou na intuição dos gestores.
A seguir, entenda melhor o que são esses KPIs, qual a sua importância e os melhores exemplos de indicadores para você aprimorar o desempenho monetário do seu negócio.
O que são indicadores (ou KPIs) financeiros?
KPI é uma sigla para Key Performance Indicator, que significa Indicador-Chave de Performance. Em poucas palavras, trata-se de um indicador que aponta se determinada ação ou estratégia está gerando os resultados esperados pela empresa.
Por exemplo, quando tratamos de KPIs para a equipe financeira, eles consistem em métricas fundamentais para verificar se a gestão monetária do negócio é assertiva e cumpre os objetivos propostos.
Mas, um KPI não é sinônimo de métrica. Para entender melhor o conceito, veja no próximo item como as duas situações se diferenciam.
KPI x Métrica – qual a diferença?
Por mais que KPIs e métricas não sejam a mesma coisa, podemos afirmar que uma métrica pode se transformar em um KPI.
Isso porque, os KPIs sempre correspondem a indicadores relevantes para os objetivos do negócio. Já as métricas consistem apenas em algo que pode ser medido.
Portanto, sempre que uma métrica é importante para uma estratégia, ela se transforma em um KPI para ela e para as suas ações.
Ou seja, o que determina se uma métrica pode virar um Indicador-Chave de Performance é justamente sua influência sobre a tomada de decisões na organização.
Vantagens de se guiar pelo indicadores
O uso de indicadores é fundamental para que as ações de um negócio sejam monitoradas e guiadas por meio de informações concretas, e não por meras percepções ou suposições.
Por terem padrões bem definidos e previsíveis, eles permitem uma tomada mais segura e assertiva de decisões, que guiam o crescimento das empresas de forma mais bem-sucedida.
Com os KPIs certos, é possível compreender a realidade da organização, comparar resultados de processos, saber o que esperar das ações definidas e orientar os colaboradores sobre os resultados que devem ser obtidos em suas tarefas.
De forma resumida, são os KPIs que ajudam os negócios a não se perder em seus caminhos, pois dão bases sólidas para a compreensão de sua situação e do que pode ser aprimorado para que ela evolua constantemente.
Para você ter uma ideia, mais de 78% das empresas que documentam suas estratégias e utilizam esses dados para guiar suas decisões se consideram com sucesso em suas ações.
Quando tratamos sobre planejamento financeiro, os KPIs assumem um papel ainda mais importante, pois determinam os meios com que os recursos são geridos e direcionados diante da análise e previsão de resultados.
No item seguinte, conheça alguns dos indicadores financeiros mais recorrentes e importantes do mercado.
15 KPIs para gestão financeira
Entre os principais indicadores financeiros, ou KPIs, destacam-se:
Faturamento
O faturamento é um dos KPIs mais importantes para a saúde financeira das organizações, pois levanta todo o potencial de dinheiro a ser recebido a partir das atividades que a empresa realiza.
Ele é baseado na soma de todos os valores recebidos no fluxo de caixa com a venda de seus produtos e serviços dentro de um período definido, que normalmente é mensal ou anual.
Burn Rate
Consiste na quantia de dinheiro que o negócio precisa investir dentro de certo período para que consiga manter suas atividades em funcionamento.
O ideal é que ele seja calculado de maneira recorrente, pois os valores consumidos podem variar de acordo com mudanças nas receitas, atrasos em pagamentos e outros fatores semelhantes.
CAC
Trata-se do Custo de Aquisição por Cliente, ou seja, quanto a empresa deve investir para que consiga ter um novo consumidor.
Com esse KPI, é possível determinar quais foram os esforços monetários para atrair novos clientes em termos de vendas e de marketing. Quando o valor é muito elevado, é sinal de que as estratégias precisam ser revistas para equilibrar as contas.
Lucratividade
O KPI de lucratividade é aquele que indica o potencial que uma organização tem de ser lucrativa. De forma comparativa, ele ajuda a determinar se a empresa traz muitos riscos em suas operações.
Um exemplo é sua comparação com o faturamento, que se precisar ser muito alto para que a lucratividade seja boa, significa que existem riscos durante a operacionalização do negócio.
Ticket Médio
O Ticket Médio é o valor médio que os clientes gastam em seus pedidos. Ou seja, quanto maior ele for, mais os clientes investem na empresa.
Com a sua análise, é possível compreender melhor o faturamento e lucratividade, assim como o nível de satisfação e o comportamento dos clientes.
Margem Bruta
A margem bruta corresponde à receita que sobra após a dedução dos custos para a obtenção de determinado produto ou serviço, como investimentos em eletricidade, mão de obra, matéria-prima, etc. Por meio desse KPI, é possível determinar quais são os itens mais lucrativos e quais geram mais gastos.
Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio aponta quando a receita líquida é igual ao total dos custos e despesas. Ou seja, quando o lucro líquido é igual a zero. Com ele, os gestores podem compreender quanto o negócio precisa vender para que suas operações sejam bancadas sem gerar prejuízos.
Liquidez corrente
No KPI de liquidez, é avaliada a capacidade da organização de gerar receita em curto período. Quando ele é baixo, quer dizer que o negócio está direcionando seus investimentos a ações de longo prazo, e vice-versa.
Nível de endividamento
Como o nome sugere, é o KPI que demonstra o quanto a empresa está endividada. Um baixo nível de endividamento representa uma boa gestão, enquanto o excesso de dívidas pode consumir boa parte dos lucros e gerar problemas futuros.
EBITDA
É uma sigla que pode ser traduzida como “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. Ou seja, é o KPI que aponta o quanto a organização pode ser lucrativa sem considerar seus impostos e gastos.
Sua importância está atrelada à avaliação do potencial de geração de caixa, que está ligado à eficiência gerencial e competitividade.
ROI
ROI significa Retorno Sobre Investimento, e é um KPI que aponta o quanto o negócio lucrou a partir de determinado investimento. Com ele, é possível saber quais foram os ganhos ou perdas obtidos através dos valores direcionados a determinada ação ou estratégia.
Giro de estoque
O giro de estoque é um KPI que aponta a média de tempo de permanência de um produto antes da venda ou a rapidez com que o inventário é renovado em certo período de tempo.
Rentabilidade
A rentabilidade demonstra o quanto o negócio consegue gerar lucros a partir dos valores investidos em determinados ativos.
Enquanto a lucratividade demonstra o que a organização lucra em relação àquilo que recebe, a rentabilidade serve para comparar os ganhos aos investimentos realizados.
CLV
O CLV determina o quanto os clientes costumam gastar durante o período em que se relacionam com a empresa. Seu uso é muito importante para determinar o quanto os consumidores geram lucro ao negócio, principalmente quando comparado com o CAC.
Custo
Os custos consistem nos gastos necessários para que a empresa continue funcionando. Compreendê-los é fundamental para saber o que pode ser eliminado, reduzido ou otimizado.
Lidar com tantos KPIs pode parecer uma tarefa complexa, mas ao automatizar suas rotinas e integrar-se às crescentes exigências da transformação digital, eles certamente lhe proporcionarão uma gestão muito mais assertiva e bem-sucedida.
Para saber mais sobre a relação entre os indicadores financeiros e a tecnologia, confira nosso artigo sobre o uso de ERPs na área.